Se eu pudesse…
Por um dia ser o bom velhinho
Mensageiro de Deus repartindo carinho
Com certeza
Exterminaria a pobreza
Caminharia por todas as favelas,
Adentraria às vielas,
Levando alegria,
Secando lágrimas,
Matando a fome que mata,
Transformando míseros barracos
Em lares decentes
Num gesto de amor!
Levaria o sonhado presente
Entregaria a cada criança
Triste, sem esperança,
Rosto pálido,
Sonhos murchos
Como a flor que não vingou
No árido chão
No descaso do próprio torrão.
Construiria escolas decentes
Preencheria o vazio latente
De cada coração!
Estenderia a mão em amizade
Conferindo solidariedade,
Segurança num futuro melhor,
Uma auto-estima maior.
Ofereceria educação
E com uma varinha de condão
Extinguiria a violência,
Transformaria balas perdidas
Em rosas, miosótis, hortênsias…
Dando cor ao negro da dor!
As casas iluminadas,
Cirandas nas calçadas
Amor aproximando os afins…
Em cada uma delas
Substituiria as vazias panelas
Por uma substancial ceia de natal
Pois afinal
Num mundo tão desigual
Todos têm os mesmos direitos…
Merecem o mesmo respeito…
Têm o direito de serem felizes
Sonhando em matizes!
Mas como não sou o bom velhinho
Não sou mágico, nem adivinho…
Peço ao mundo perdão
Por só alcançar com minha pequena mão
Aos que estão próximos a mim.
Carmen Vervloet
A Época de Natal traz-nos ao de cima aquilo que de melhor temos. Dá-nos espírito e coragem para olhar uma vez mais à volta e pensar ou talvez reflectir sobre aquilo que temos, fizemos, evoluímos ou construímos, sem nunca (ou pelo menos assim deveria ser), ter a necessidade de justificar os nossos actos menos prestigiosos, ou mesmo erros, e compará-los com o que de mau os outros fazem ou têm.
Recebemos as nossas visitas.
Os filhos da nossa Terra vêem-se obrigados a adoptar na sua casa e no sítio onde cresceram, um vaivém de passagem e dormida, para procurar fora, aquilo que não encontram aqui: prosperidade de emprego e de um futuro um pouco mais além das limitações que nos são impostas e um lugar que incite e encoraje a continuidade dos estudos até um grau universitário.
Enfeitamos as nossas casas, com decorações iluminadas que nos recordam os cânticos de natal que ecoam no Centro Cultural de Alcochete cujo contexto se mostra infeliz. Tão grande e potente edifício para ser circundado de um terreno ou”proposta de estacionamento” ou talvez “parque” no mínimo impotente.
Os mais pequenos brincam junto dos pais que temem quando recordam a falta de vigilantes que existe nas escolas e nos poucos funcionários disponíveis para conseguir orientar tantas brincadeiras. Recordam talvez, as vezes que foram avisados telefonicamente, justificando-se a escola, ou desculpando-se de alguma maneira por os meninos se terem magoado nos ginásios tão pouco equipados.
Na viagem de regresso a casa, acabamos por perceber, além de sofrer com os buracos na estrada uns remendados outros que aumentam com o passar do tempo, que a evolução daquilo que sempre admiramos por ser tão nosso e tradicional, acabou por se transformar num conjunto enorme de blocos de betão e janelas, (mas que são uma boa fonte de receita para a nossa CMA), com amostras de jardins, baloiços abandonados, preparados para um ataque cada vez mais activo de criminalidade e assaltos impossíveis de ser combatidos, na maior parte das vezes por incapacidade de meios.
Assim sendo e na esperança que a esperança renasça, esperamos por melhores oportunidades com menos promessas e mais escolhas, fundamentadas, e mais projecção de futuro.
Somos aquilo que fazemos e que escolhemos para a evolução daquilo que nunca nos poderão tirar ... a nossa Terra!
A todos, desejo um Feliz e Santo Natal e boas reflexões!
Rute Figueiredo
Presidente JSD Alcochete
No passado dia 4 de Dezembro assinalou-se o 28º ano sobre a fatídica morte de Francisco Sá Carneiro. Passados todos estes anos, continua a impressionar-nos pela grandeza e nobreza do seu carácter.
Sá Carneiro figura conhecida pela sua frontalidade e pela forma determinada como defendia os seus ideais, foi determinante para a consolidação da democracia portuguesa e para a nossa transformação no país europeu civilizado que somos hoje.
Em tempos em que a luta política se fazia sobretudo em torno da defesa da democracia, dos direitos e das liberdades, Sá Carneiro estava sempre na primeira linha do combate, mesmo que isso incomodasse muita gente e beliscasse alguns interesses instalados.
O seu ideal Social-Democrata perseguia um novo rumo para o país assente no respeito por uma sociedade mais livre e justa. Perseguia a esperança de um país economicamente mais desenvolvido e com melhores condições de vida para todos os portugueses.
A esperança deste homem era a esperança de uma nação, que acreditava num futuro melhor, mesmo sabendo que era um desafio difícil. A sua força estava na convicção e na fé que tinha nos seus ideais
Hoje tal como ontem, também vivemos dias de grande dificuldade, pelo que a sua atitude face à vida deva servir de exemplo e orientar a nossa acção.
Ninguém diria, que passados tantos anos, voltassem a estar em causa princípios como a liberdade de opinião e a democracia, asfixiados por um Governo que tudo pretende controlar, desde o Estado, às empresas e aos particulares. Este mesmo Governo, encontrou terreno fértil num país em que se abandonaram ideologias e princípios, em nome de um pragmatismo que se assumiu como nova religião, mas que como hoje se verifica, só serviu para retirar crédito à política e aos políticos.
É, pois, urgente recuperar a credibilidade perdida, afastar de vez a promiscuidade entre os interesses económicos e a política e devolver a esta e aos que a exercem, o lugar e a imagem que deles se espera.
Continua pois actual o exemplo de Sá Carneiro, um exemplo de coragem, seriedade e de patriotismo, que não deve ser só relembrado no aniversário da sua morte, mas praticado diariamente pelos que exercem cargos políticos.
De acordo com os valores e os princípios sociais-democratas, temos o dever de lutar com convicção pelas nossas causas e ideais, na defesa dos interesses das populações, mesmo que para isso seja necessário criar rupturas, porque só assim a sociedade poderá evoluir.
Jorge Borges da Silva
Presidente PSD Alcochete
A poucos dias do final do ano é com grande preocupação que a JSD Alcochete constata a forma pouco zelosa como foram planificadas as soluções rodoviárias implementadas nas Rotundas e Cruzamentos das Estradas do nosso Concelho.
Num período marcado pelos constantes apelos em matéria de segurança e prevenção rodoviária, e em que se apresentam os trágicos balanços dos acidentes ocorridos ao longo do ano, é com verdadeiro pesar que se constata que as obras implementadas no concelho em matéria de circulação rodoviária sobrepuseram o factor estético (discutível) em detrimento do factor segurança.
Num Concelho em franco crescimento demográfico será concebível implementar este conceito de «Rotundas Gigantes», como é o caso da rotunda da nova urbanização em S. Francisco, a rotunda de acesso ao Forum Cultural ou mesmo a rotunda do Freeport, com uma única via de saída, ainda por cima estreita que mais parece uma saída para peões?
Será concebível implantar vias rápidas que mais parecem pistas de aceleração junto a escolas e áreas residenciais?
Será concebível a introdução de Cruzamentos com sinais de trânsito (como em todo o Concelho) que não foram objecto de homologação? Será concebível criar Entroncamentos onde nem a regra da prioridade faz sentido?
Será possível que o Vereador responsável por estas obras não constate tamanhas armadilhas em matéria de circulação rodoviária.?
Mais uma vez a JSD Alcochete sente-se obrigada a vir a terreiro denunciar mais um conjunto de intervenções que evidenciam que o executivo da nossa CMA não tem capacidade para gerir o Concelho , continuando a desculpar a sua inépcia com o “Bicho Papão” que se encontra sentado na sua poltrona em São Bento, tentando assim desviar as atenções da sua má governação.
Rute Figueiredo
Presidente JSD Alcochete
(Monte Novo)
A Escola é por excelência o estabelecimento em que se ministra as ciências, abrangendo o universo restrito de professores, alunos e demais auxiliares educativos.
A realidade de Alcochete é contudo bem distinta.
Já nos tinha sido denunciado pelos moradores vizinhos, que a escola EB1 N.º 1 de Alcochete (Monte Novo) se encontra a ser indevidamente utilizada, durante os fins-de-semana.
Efectivamente constata-se que o espaço de recreio é utilizado como jardim público por jovens e adultos, que procuram aquele espaço para actividades de entretenimento diverso.
É do conhecimento geral que havia quem frequentemente forçasse o portão da referida escola, para utilizar este equipamento escolar. Face a essa situação, o Sr. Vereador da Divisão de Educação da Câmara Municipal de Alcochete optou pelo mais fácil.
Deixar o portão aberto da referida escola e sem vigilância, fora do horário do estabelecimento, o que facilita a sua deterioração e degradação, de um espaço que devia ser reservado e preservado para a sua comunidade escolar.
As questões que se levantam ao assistir a uma situação destas são:
Não haverá espaços públicos suficientes para a prática de desporto e outras actividades?
Será necessário utilizar meios escolares pagos pelos contribuintes e reservados aos mais pequenos?
Será que o Sr. Vereador não acha perigoso que as crianças brinquem num local, onde não se sabe que tipos de objectos foram lá deixados?
Como é que o Sr. Vereador assegura que as areias onde as crianças brincam estão em boas condições de salubridade?
Pois é…mais uma vez se constata o facilitismo com que esta Câmara Municipal trata os assuntos. Para além de não criar os espaços adequados para o lazer da população, deixa-nos fortes preocupações na forma como defende a segurança e a saúde pública das nossas crianças.
Rute Figueiredo
Presidente JSD/Alcochete
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